- No centro do romance está um futuro distópico em que uma descoberta científica permite aos pais escolherem o género dos seus filhos. Este facto leva a uma redução drástica do número de nascimentos de mulheres, criando graves consequências sociais e étic as. A exploração de Maalouf do desequilíbrio entre os géneros é um comentário sobre as preferências sociais e as potenciais consequências da manipulação da natureza. O autor destaca como os avanços científicos sem controlo podem levar a resultados desastr osos, levantando questões éticas importantes sobre a eugenia e as tecnologias reprodutivas. - O romance reflete a experiência de Maalouf em história e cultura, incorporando perspetivas globais na narrativa futurista. Esta mistura de passado, presente e fu turo acrescenta camadas de complexidade, fazendo com que o livro não seja apenas uma história sobre tecnologia que correu mal, mas sobre as lutas duradouras da humanidade com o poder, a identidade e a ética. - Embora o romance esteja repleto de questões f ilosóficas, apresenta também um enredo envolvente e distópico que mantém os leitores interessados no resultado. O colapso da sociedade devido ao desequilíbrio entre os sexos, as reações das diferentes culturas e o desenrolar de consequências imprevistas c riam uma estrutura narrativa convincente. - Autor de prestígio para o catálogo, traduzindo em 50 línguas, vencedor do Goncourt, do Príncipe das Astúrias, do Calouste Gulbenkian e do Pak Kyongni (sul-coreano)
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